3 de abr. de 2011

Luis Americano - choro elegante e melodias belissímas.



A seguir um pouco da vida desse grande sergipano, mais um que se rendeu a musica genuinamente carioca e com melodias incrivelmente belas foi mais um nordestino a contribuir para a história do choro. Créditos a Acari Records.

Luis Americano do Rego, nasceu em 27 de fevereiro de 1900, em Aracaju (SE). Recebeu as primeiras lições musicais do pai, mestre-de-banda na capital. Luis ingressou no exército e tocou clarinete na banda militar em sua cidade, depois em Maceió e no Rio de Janeiro, lugares para onde foi transferido.

Um dos pioneiros da Rádio Sociedade (a primeira do Brasil), realiza no início da década de 20, como compositor e solista, suas primeiras gravações na Odeon para a Casa Edison. Entre 1928 e 1931 mora na Argentina. Volta ao país e integra várias orquestras e a partir de 1932 o grupo da Velha Guarda, formando por Pixinguinha, Donga, João da Bahiana e outros craques.

É de seu instrumento o som da maioria dos discos de Carmem Miranda, Francisco Alves, Orlando Silva, entre outros. Participa em 1940 da famosa gravação realizada pelo maestro Leopold Stokowski no navio Uruguai, ancorado em águas cariocas. Stokowski contou com a ajuda de Villa-Lobos e Donga para reunir vários artistas populares do Rio em duas noites memoráveis para a música brasileira. Infelizmente nem metade das gravações feitas foram aproveitadas no trabalho final (editado no Brasil pelo Museu Villa-Lobos em 1987). De Luis Americano apenas o sensacional 'Tocando pra você' aparece no disco.

Dentre suas composições destacam-se 'É do que há', 'Lágrimas de virgem' e 'Numa Seresta', este talvez o seu choro mais conhecido. De 1930 a 1950 foi músico de estúdio da Rádio Mayrink Veiga e de 1950 até a sua morte da Rádio Nacional.

Faleceu em 29 de março de 1960, em sua casa, no subúrbio carioca de Brás de Pina.

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