15 de nov. de 2009

olá

Ando sumido daqui desse espaço. Muito trabalho, alunos novos, projetos para o início do ano que vem, casa nova, entre outras coisas que eu não dei conta de fazer neste ano, mas passou rápido demais né não?
Cavaco com novas melodias, principalmente coisas do Jacob, ralando harmonia nesse instrumento pequeno e vibrante.
bem, volto já
um beijo a todos

21 de jul. de 2009



Parabéns Luiz Carlos da Vila que se estivesse vivo estaria completando hoje 60 anos.

Ai esta uma foto do nosso querido poeta num dos belos shows no Café Brasil.

20 de mai. de 2009

Cristina Buarque e Terreiro Grande

Alô a todos.

O programa a seguir é imperdível. Cristina Burque, cantora e pesquiadora do primeiro time, depois do projeto "Sem Tostão" com o também pesquisador e cavaquinista Henrique Cazes, tinha ficado um tempo sumida dos palcos e apresentações e segundo o proprio Henrique a apresentação no Café Brasil em São Pedro da Serra, em junho de 2005, teria sido a última apresentação de Cristina Buarque. Este show foi absurdamente maravilhoso, o sucesso foi tão grande que nesta mesma noite foram vendidos quase 50 Cds da dupla.

Não vi ainda apresentação de Cristina Buarque e Terreiro Grande, mas meus amigos paulistas que viram ficaram boquiabertos com a sempre maturidade profissional dessa pesquisadora fantastica, além disso vasculhei aqui na rede tudo que podia sobre o Terreiro Grande e acho que devemos nos encontrar lá.

Agradecimentos a Eugênia Rodrigues e a agenda samba e choro por divulgar esta e outras notícias  do universo do samba e do choro.

segue então o material enviado pela produção ( Leia até o final).

Os shows serão dedicados às canções do compositor Candeia (1935-1978). O projeto surgiu a partir de um convite do pesquisador João Baptista Vargens para o relançamento de sua biografia sobre o compositor, intitulada Candeia, luz da inspiração. 

A apresentação, realizada inicialmente em São Paulo, no mês de fevereiro passado, foi um grande sucesso, com três dias de ingressos esgotados no Teatro FECAP. O espetáculo resultou na gravação de um CD, que reúne Cristina e o Terreiro Grande, a ser lançado no segundo semestre de 2009. 

Compositor de importância fundamental na escola de samba Portela, Candeia foi também uma das maiores lideranças que o samba teve, figurando ao lado de Paulo da Portela no panteão máximo daquela escola. Fundador da Escola de Samba Quilombo, um marco da luta contra a descaracterização do carnaval, Candeia é hoje uma das mais importantes referências de uma nova geração de sambistas, que tem no Terreiro Grande um de seus principais representantes. 

"Candeia tem uma importância incalculável. Dentro do samba, enquanto movimento, foi o primeiro a se mobilizar em prol da participação do sambista no processo de criação, de dominação e de controle absoluto sobre a arte por ele mesmo criada", diz Renato Martins, do Terreiro Grande, que continua: "Candeia foi um sambista completo. Bom compositor, bom partideiro e bom ritmista, fora tudo isso que já foi abordado. É um dos mais respeitados nomes do samba. Deixou uma obra invejável gravada e uma obra inédita enorme". 

Neste espetáculo, Cristina Buarque e o Terreiro Grande trabalham a fundo em mais uma pesquisa para trazer ao público pérolas inéditas ou desconhecidas, além de clássicos imortais como Dia de graça e Portela é uma Família Reunida (com Monarco); sambas-enredo como Riquezas do Brasil (com Waldir 59); e partidos-altos como Que me dão pra beber. 

O grupo Terreiro Grande traz amigos que cantam e tocam sambas pouco conhecidos dos compositores antigos ligados à escola de samba. Eles vêm do Grêmio Recreativo Tradição e Pesquisa Morro das Pedras, da periferia de São Paulo, fundado em abril de 2001 e que encerrou as atividades em dezembro de 2006. Sobre os "meninos", Cristina Buarque diz: "Uma roda de samba com eles pode durar 8 horas sem repetir o repertório. A música, para eles, é alegria e diversão – todos trabalham em outras áreas – e não existe aquela vaidade e hipocrisia tão comuns hoje em dia". 

No palco, Renato Martins (agogô e voz), Edinho (cavaquinho e voz), Roberto Didio (surdo e voz), Lelo (violão e voz), Luizinho (pandeiro e voz), Eri (caixa de fósforo e voz), Tuco (cavaquinho e voz), Jorge (tamborim e voz), Bocão (voz), Neco (reco-reco e voz), Pereira (tamborim e voz), Careca (tamborim e voz), Cardoso (violão e voz), Alfredo Castro (cuíca e voz), Wilson Miséria (prato e faca e voz) e Marcelo Cabeça (voz) unem-se à voz de Cristina Buarque para uma grande homenagem ao samba tradicional, sua cultura e história contada através das músicas de Candeia.

Para os shows, Cristina Buarque e o Terreiro Grande prepararam um imenso repertório com canções de Candeia. São elas: Samba da antiga / Viver / Canção da liberdade / Nova Escola / Dia de Graça / Falsa inspiração / Vem prá Portela / Portela é perfume da flor / O ideal é competir / Portela é uma família reunida / Riquezas do Brasil / Legados de D. João VI / Brasil panteão de Glórias / Saudade / Criança Louca / Ilusão perdida / Foi ela / Saio de casa e vou pra rua / Não vem que assim não dá / Que me dão pra beber / Meu dinheiro não dá / Partido da Clementina / Vida apertada / Os Lírios / Miragens do deserto / Peso dos anos / Felicidade é ser gente / Já fui Feliz / Não é bem assim / Magna Beleza / Amor Oculto / Atendendo o apelo / Era quase madrugada / Não se vive só de orgia / Deixa de zanga / Brinde ao Cansaço / Prece ao Sol / A hora e a vez do samba / Chorei, Chorei / Vai pro lado de lá / A volta / Alegria Perdida / Sou mais o samba / Sinhá Sinhá / Regresso / Expressão do teu olhar / Apoteose / Samba livre / Faz de conta. 

O show "Cristina Buarque e Terreiro Grande cantam Candeia" foi aprovado pelo edital 2008 de ocupação dos espaços da CAIXA Cultural. 

Sobre o livro Candeia – Luz da Inspiração 

Nos trinta anos de ausência do compositor Candeia, a Almadena Editora lança a terceira edição – ampliada e revisada - da biografia Candeia – Luz da Inspiração, de João Baptista M. Vargens. Há nesta edição 28 músicas inéditas, descritas em letras e partituras, estando 23 delas gravadas em um CD, que acompanha o livro. Cinco músicas são cantadas pelo próprio Candeia, inclusive um samba em parceria com Paulinho da Viola. Sergio Cabral assina a orelha, as ilustrações são do portelense Lan (capa) e do compositor Nei Lopes (miolo) e o prefácio, da jornalista Lena Frias." 

Serviço 

Show: Cristina Buarque e Terreiro Grande cantam Candeia 

Local: CAIXA Cultural RJ – Teatro Nelson Rodrigues. Atenção, não confunda o Teatro Nelson Rodrigues - Caixa Cultural, na Av. Chile, 230, com a Caixa Cultural da Almirante Barroso. O Nelson Rodrigues fica ali perto da Petrobrás, da estação dos bondes de Santa Teresa e da Fundição Progresso. 
Dias: 29, 30 e 31 de maio de 2009 
Horários: sexta, sábado e domingo às 19h30. 
End. Av. República do Chile, 230, anexo, Centro - Tel.: (21) 2262 8152 
(estacionamento rotativo – entrada pela Rua Silva Jardim) 
Duração: 75 minutos 
Ingressos do show: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia-entrada) 
Capacidade: 388 lugares 
Classificação Etária: livre 
Acesso para portadores de necessidades especiais 
Acesse a programação da CAIXA Cultural: www.caixa.gov.br/caixacultural



23 de abr. de 2009

Dia Nacional do Choro e o Época de Ouro.



Ontem fui assistir a uma apresentação do fabuloso Grupo Época de Ouro aqui no Teatro Municipal de Macaé. O luxuoso convidado faz parte das comemorações do Dia Nacional do Choro e do Festival do Choro em homenagem a Benedito Lacerda, nascido aqui em Macaé .

O meeting da apresentação do Grupo com o jornalista Sérgio Cabral contando histórias da epoca de ouro, passando por Jacob, Benedito, Pixinguinha não poderia ter sido melhor. Ruim mesmo, foi uma tempestade que alagou ( como sempre) a cidade e eu creio que por isso levou um público timido de mais ou menos 150 pessoas ao evento.

destaque para a apresentação de Jorginho do Pandeiro, que é um caso parte na formação do grupo. No alto dos seus 79 anos, o Sr. Jorge Jose da Silva esbanja a vitalidade, a improvisação, a leveza e a resistência que marca a linguagem do choro.

O Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim em 1964 mantem desde então a sua formação instrumental: violão, violão de sete cordas, bandolim, cavaquinho e pandeiro. O único membro da formação original e Jorginho do Pandeiro ( diversas informações sobre o grupo em sites na rede estão bastante desatualizadas).

Falar do Época de Ouro no Dia Nacional do Choro é uma boa associação. No inicio da decada de 60 a Bossa Nova reinava absoluta no cenário musical nacional e esmagava o samba e o choro. Jacob do Bandolim e o Epoca de Ouro conseguiram manter a linguagem do choro, nas reuniões, nos quintais, nas rodas e no boca a boca, voltando a uma marginalidade concentida, contrapondo-se a falta de interesse das gravadoras que buscavam o lucro e preferiam vender o produto da moda, a Bossa Nova. Esse movimento de resistência vem somar há outros tantos que o choro teve que enfrentar, basta lembrarmos de Chiquinha Gonzaga, Callado e de todos os outros percalços como censura, perseguição, alem da óbvia dificuldade que é aprender e executar o choro, seletos são aqueles que o fazem.

Para sobreviver e coexistir o choro se renova e encontra os meios e isso se dá justamente pelo fato da linguagem ser um desafio, além de ter conseguido alcançar um publico mais jovem e ávido para estuda-lo aqui e em outros países como: Portugal, França, Italia, Alemanha e Japão que mantem Clubes de Choro com uma legião substancial de participantes e admiradores.

No Brasil, o Clube do Choro de Brasilia, do Espirito Santo, de Curitiba, a Escola Portátil de Musica, a Lapa no Rio, o Ó do Borogodó e a feira do Calixto em São Paulo são entre muitos outros, nichos que abarcam os melhores nomes, as melhores renovações e a certeza da continuidade dessa musica genuinamente brasileira.

Obrigado então ao Época de Ouro e a todos os nomes, grupos e espaços que mantiveram a trilha aberta. Viva o choro.

Pra atualizar, o Época de Ouro tem na sua formação: Ronaldo Souza que substituiu Deo Rian que por sua vez substituiu Jacob após a sua morte em 1969, Andre Bellieni (violão), Toni Azeredo(violão de sete), Jorge Filho (cavaquinho, filho do Jorginho do Pandeiro), e Jorginho. Já teve além de Jacob e Deo Rian, Dino, Jonas da Silva, Dininho, Cezar Faria, Carlos Leite e Gilberto D´avila.

Saudações musicais.

6 de abr. de 2009

Ovinho ritmico.


Não é de hoje que nos bastidores das rodas de samba, os ovinhos ( aquele ganzá em forma de ovo colorido),vem sendo o assunto de risos e uma encheção de saco.
Fizeram até uma associação dizendo que quem toca os tais ovinhos são mulheres de músicos que acompanhavam os maridos ou namorados e tinham duas funções na roda: ou falavam sem parar ou tocavam ovinhos. Maldade a parte, na maioria das vezes não deixa de ser verdade, algumas até exibem orgulhosamente um Kit ovinhos com cores e tamanhos variados, outras chegam na roda antes do marido músico e são até certo ponto "Caxias", pois tocam todas as músicas, independente do andamento. É incrível.
Já me contaram que por causa dos ovinhos teve até policia na roda, e fica muito engraçado quando muitas mulheres estão numa roda e todas se empolgam a tocar os ovinhos.
Deixando mulher e ovinhos de lado, recentemente, descobri que não é só mulher que gosta de ovinhos. Tem uma galera gente boa que "toca tudo na percussão"e que também gosta dos ovinhos e sabe qual é a novidade? tem muito ovinho fora do andamento .
De um modo geral, acha-se que tocar pandeiro, surdo , cuíca e ovinhos é "mais fácil" e se tocar "baixinho" não atrapalha, fazer o que não!
Conhecer e ter intimidade ritimica, observar o andamento da música que esta senda tocada e saber o que é dinâmica são os princípios basicos para quem quer tocar um instrumento de percussão. Isso devia vir escrito no manual de instruções de qualquer ovinho comprado.
saudações musicais.

1 de abr. de 2009

Samba e choro no Japão.

Não é de hoje que o Chorinho e o samba, linguagem musical genuinamente carioca e brasileira( nesta ordem por favor), fazem parte da vida de imensa maioria dos moradores de Toquio. Alias, tanto no chorinho como no futebol o Brasil é uma referencia para os japoneses.
A escola portatil de musica, ( http://www.escolaportatil.com.br/) e o Clube do choro de Brasilia já receberam inúmeros japoneses para cursos, aulas ou simplesmente ouvintes.
No Rio, a Acari Recordes comandada por feras como O Maurício Carrilho e Luciana Rabello, já gravou Cds com a exelente flautista Naomi Kumamoto e é comum ver em espaços publicos de referencia para o chorinho e o samba, como a Casas de Shows da Lapa e no tradicional Bip-Bip os nossos amigos japoneses participando atentamente de cada bordão ou fraseado do choro.
PS: A Rede Globo demorou prá descobrir!

24 de mar. de 2009

Pão quente.

Aos amantes do samba em toda a sua magnitude, indico o Blog " Coisa da Antiga", do pesquisador e caçador de pérolas: Ary Do Barbalho.
Descobri raridades absurdas de Wilson Batista, Geraldo Pereira, Cartola, Ze Keti, entre muitos outros bambas.
Outro site que eu recomendo e o do Instituto Moreira Sales, que esta recuperando incontáveis obras que merecem a nossa atenção.
O link para o Blog do Ary esta aí do lado e do IMS é só procurar no Google.
Outra boa é que hoje faz exatamente 10 anos do lançamento do disco gravado em homenagem ao Pirajá ( pra quem não sabe, o Pirajá é um bar meio restautante que tem a cara do Rio em plena Brigadeiro. No bairro musical em São Paulo, Pinheiros ao lado da Vila Madalena.). No Cd , Moacyr Luz, Luis Carlos da Vila, Beth Carvalho, Walter Alfaiate, entre outros.
Saudações musicais.

18 de fev. de 2009

Cris Aflalo – Cd Quase tudo dá


Cris Aflalo – Cd Quase tudo dá
Quatro anos depois de lançar o seu primeiro e elogiado cd, "Só Xerêm", Cris Aflalo reaparece no cenário musical com seu novo disco "Quase Tudo Dá".
Produzido a quatro mãos, por Luiz Waack e pela própria cantora, esse novo trabalho vem mostrar a Cris no seu tempo, com todas as suas influências misturadas, mas sem jamais perder a alegria e a brejeirice singela e brasileira do disco anterior.
Orgânico e sem modismos, o swingado cd traz releituras de composições de Arnaldo Antunes, Carlos Careqa, Lula Queiroga, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros, e ainda marca a estréia de Cris como compositora.
Cris Aflalo, esteve no antigo Café Brasil lançando o seu primeiro CD "Só Xerem" em duas apresentações maravilhosas.
Ouvi algumas músicas do novo Disco, Cris reafirma realmente o seu jeito brejeiro de cantar. Maravilhosa. Creditos também para Luiz Waack pelo trabalho e releituras singular.
para ver mais:

26 de jan. de 2009

O terreirão da Tia Doca.

Integrante da Velha Guarda da Portela Jilçária Cruz Costa, de 76 anos, conhecida como Tia Doca, morreu na tarde de ontem no Hospital do Iaserj, no Centro do Rio. Ela havia sofrido um acidente vascular cerebral no dia 17 e desde então estava internada. Na última quarta-feira, havia recebido alta do CTI, e seu quadro de saúde era estável. Hoje à tarde, sofreu um enfarte.
Tia Doca era tecelã e empregada doméstica e foi a criadora de uma das mais importantes roda de samba no suburbio de Madureira no Rio de Janeiro.
Conhecido como o Terreirão da Tia Doca, a roda recebia uma multidão de apreciadores do samba de raiz e renomados sambistas. Zeca pagodinho foi descoberto lá e Dudu Nobre era frequentador desde menimo.
O ultimo trabalho de Tia Doca foi o documentário "o mistério do samba" produzido pela adorável e competente Mariza Monte, onde Tia Doca aparece como personagem de muitos quilates.
Obrigado Tia Doca e volte sempre.

Redirecionando o Blog.

Alô a todos,
a partir de já este blog vai falar somente sobre música, seráo vídeos interessantes, histórias das rodas e dos shows, aulas, partituras, notícias relevantes do mundo da música com atenção especial ao samba e ao choro.
um abraço a todos